Estou precisando de alguém que me
surpreenda, e nem precisa ser algo grandioso, as melhores recordações que tenho
são de coisas simples, como que um simples papel que encontrei dentro da minha
bíblia, que já faz muito tempo em que não a leio, peguei apenas para arrumar
meus livro abri aleatoriamente e eis que apareceu, um bilhetinho recortado em
forma de coração feito com folha de caderno, Dizia apenas “Eu te amo”.
São apenas três palavrinhas, mas que tem
um poder incrível, algo que eu adoro ouvir e não tenho o menor pudor em falar.
Se bem me lembro, aquele bilhetinho foi feito a mais de dez anos, a autora
certamente nem se lembra mais, afinal isso é uma daquelas coisas de adolescente
que a gente faz sem pensar muito, se pensasse talvez nem escreveria.
É curioso como a gente vai ficando adulto
e começa a perder essa inocência, ao invés de reafirmarmos nossos sentimentos,
a gente o renega e esconde com medo do que os outros irão dizer como se fosse
um defeito imperdoável dizer “eu te amo”.
Aquele bilhetinho esquecido por anos me
fez pensar muito, principalmente em como tenho vivido os últimos meses, sozinho
tenho evitado me aproximar das pessoas, acho que tranquei meu coração em algum
lugar frio e escuro, e aquele bilhete velho e esquecido serviu de alguma forma
como uma carta de alforria para me libertar de mim mesmo, para ter mais motivo
para dizer eu te amo e com sorte também poder ouvir.
Agora eu só preciso me apaixonar de
novo...
Ricardo
Marques.
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